Binóculos: entendam melhor seu funcionamento e como adquirir um.

Olá!

Por várias vezes sou questionado se realmente vale a pena adquirir binóculos para observação astronômica, e a resposta para isto é relativa.

Acredito que inicialmente devemos começar as nossas observações à olho nú. Sobre isto, leia o artigo  “Dicas e comentários sobre como adquirir o primeiro telescópio

A partir disto, podemos focar numa região do céu, com o uso de binóculos, antes mesmo de adentrar no mundo dos telescópios, mas como fazer uma compra certa?

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Atualmente, onde adquirir equipamentos para astronomia?

Olá!

Em meados de 2015 (mais precisamente em Julho), escrevi um artigo intitulado “Dicas de como adquirir equipamentos diante da crise“, pois estávamos na iminência de dias negros para a astronomia aqui no Brasil, e infelizmente estava certo.

negociando

O dólar pipocou, e a loja referência aqui no Brasil (estou falando do Armazém do Telescópio), teve que encerrar as atividades neste triste ano de 2016, deixando órfãos milhares de astrônomos e aspirantes à astronomia, o que foi um grande golpe.

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Estou vivo…!!! Avisos e explicações

Olá!

Depois de um longo hiato sem postagens novas, venho aqui informar que não abandonei o blog.

Por uma questão de tempo (decidi empregar este recurso em outras causas) fiquei sem postar novos artigos, e diminuí a frequência de postagens nas redes sociais.

De qualquer forma, estou atento aos comentários, e sempre procuro responder os mesmos o mais breve possível. Aproveito a oportunidade para ratificar o que sempre digo no blog: tem dúvidas sobre astronomia geral? equipamentos? etc? Poste nos comentários, estou aqui para tentar ajudar.

Alguns devem ter percebido que o site Armazém do Telescópio, o qual considero a melhor loja de astronomia aqui no Brasil, encerrou suas atividas por tem indeterminado, por conta da crise financeira que passamos, assim, vários links distribuídos ao longos de diversos artigos não vão funcionar, de forma que tentarei ajustar isto no blog.

Alguns outros vão passar por uma revisão, em vista de algumas mudanças recentes (principalmente em relação aos valores).

Lembro que continuo receptivo em relação à parceria para publicação de conteúdo…já tenho algumas propostas para o futuro.

Aproveito ainda para pedir que divulguem o blog.

É isto…

Qualquer sugestão/crítica, podem deixar no comentário desta postagem.

Abraço!

Edinaldo Oliveira

Eclipses: Solar e Lunar

ECLIPSES: SOLAR E LUNAR

Um eclipse resulta da ocultação temporária, total ou parcial, de um astro pela interposição de outro objeto celeste entre este e o observador (como é o caso do eclipse do sol), ou pela entrada desse objeto celeste na sombra de outro (como é o caso do eclipse da Lua).

Durante o eclipse solar, duas áreas bem definidas são projetadas na superfície terrestre: a umbra e a penumbra. Confira o modelo esquemático a seguir:

SISTEMA01

A área umbral, ou seja, a área na qual a umbra se apresenta, é onde se manifesta o eclipse de forma total, onde fica totalmente escuro durante o eclipse. Já a área penumbral é aquela onde o eclipse ocorre apenas parcialmente, com uma breve sombra.

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Lua Cinérea ou Earthshine Lunar

Olá,

Um a dois dias depois da Lua Nova ocorre um evento chamado luz cinérea, cujo termo em inglês entrega sua verdadeira origem: earthshine (brilho da Terra). Há 500 anos este fenômeno foi descrito e desenhado por um conhecido artista italiano de múltiplas habilidades: Leonardo da Vinci.

A luz cinérea acontece poucos dias antes e depois da Lua Nova, quando a maior parte do hemisfério noturno da Lua está voltado para nós. Como a Terra reflete muito mais luz do Sol que a Lua, nosso planeta acaba iluminando seu satélite por reflexão. E embora essa luz seja muito mais fraca que a solar, a porção escura da Lua acaba se tornando visível por contraste.

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BATE E VOLTA O Sol ilumina a Terra, que reflete parte dessa luz. A luz refletida atinge a Lua, iluminando levemente sua face escura, mas parte dela é enviada de volta, e nós enxergamos uma luz cinzenta. Gravura: ESO e L. Calçada. Fonte: Costa, J. R. V. O brilho de da Vinci. Astronomia no Zênite, jan 2015.

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Solstícios, Equinócios e a astrofotografia

No decorrer do ano, o movimento de translação da Terra (movimento que a Terra, ou um planeta, executa em torno do Sol de forma elíptica. Esse movimento influencia nas estações do ano) parece provocar lentamente uma espécie de dança do Sol na esfera celeste.

Observe que em alguns meses o Sol está em uma janela e em outros é possível ver ele se pondo de outra janela ou da varanda. Enquanto esta dança do Sol vai ocorrendo ao longo dos 365 dias do ano, outras danças ocorrem, como por exemplo a Lua, que, no seu movimento de translação em torno do nosso planeta, vai nos mostrando diversas fases, desde uma discreta aparição à iluminação total na noite.

SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS

A inclinação do eixo de rotação da Terra, aliada ao seu movimento de translação, interfere na quantidade de incidência de raios solares recebidos na superfície terrestre. Como resultado, têm-se a existência das estações do ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno) e uma diferença na duração dos dias e das noites, ao longo do ano.

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Reconhecimento do céu e o uso de aplicativos

RECONHECIMENTO DO CÉU—AS CONSTELAÇÕES

Apesar das diversas tecnologias que nos auxiliam no reconhecimento do céu, é importante conseguir fazer o reconhecimento a olho nú. Este reconhecimento vai auxiliar na tarefa de localizar planetas, constelações, equador celeste, galáxias, nebulosas, etc.

Embora inicialmente possa parecer uma atividade difícil, quando começar a observar com mais atenção, verá que existe um certo padrão no céu. Algumas constelações serão mais fáceis de localizar, outras nem tanto.

TÉCNICA NA IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS CONSTELAÇÕES

Constelação é qualquer um dos 88 grupos imaginados de estrelas que aparecem na esfera celeste, e que têm nomes de figuras religiosas ou mitológicas, animais ou objetos. O termo também se refere às áreas delimitadoras na esfera celeste que contêm os grupos de estrelas.

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Diâmetro angular de um objeto

Olá,

O diâmetro angular de um objeto é o seu diâmetro aparente quando observado a partir da Terra, utilizando medidas em graus, minutos e segundos de arco. Essa medida é utilizada na astronomia para medir o tamanho dos objetos na esfera celeste

Da mesma forma que o metro possui a subunidade centímetro ou milímetro, o grau (que se utiliza do símbolo º), também se subdivide em minutos (‘) e segundos (“) de arco. Este tipo de informação é importante para percebermos as distâncias no céu. A medida em graus de uma circunferência é obtida através de sua divisão em 360 partes iguais, e cada parte equivale a 1º (grau), dividindo esse arco de 1º em 60 partes iguais, teremos partes iguais de 1’ (minuto), que ainda podemos dividir em 60 partes, encontrando arcos de 1” (segundo).

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Qual a relação entre nossos olhos e a visão do cosmo?

Olá,

Somente é possível observamos e registrarmos a beleza do mundo graças aos nossos olhos, porém, apesar de serem “câmeras bem avançadas”, possuímos algumas limitações. Falaremos um pouco sobre o comportamento da nossa visão, e como usar esse conhecimento no momento da astrofotografia.

CONES

Cones são as células capazes de distinguir cores. A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de cones, cada um especializado na captação de diferentes comprimentos de onda – Longos, médios e curtos, que são mais conhecidos no mundo da fotografia como RGB (Red, Green e Blue), ou seja, um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro com luz azul, e a partir destas cores se formam todas as outras. O gráfico abaixo mostra a sensibilidade de cada tipo de cone para todo o espectro de luz visível, com um comprimento de onda entre 380 e os 750 nanômetros (é a subunidade do metro, correspondente a 1×10−9 metro, ou seja, um milionésimo de milímetro ou um bilionésimo do metro. Tem como símbolo nm.

Espectro de Luz Visível
Espectro de Luz Visível

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Magnitude – brilho das estrelas e outros objetos

MAGNITUDE – BRILHO DAS ESTRELAS E OUTROS OBJETOS

M41, also known as NGC 2287, is a bright open star cluster located in the constellation Canis Major
M41, also known as NGC 2287, is a bright open star cluster located in the constellation Canis Major

Observando as estrelas, já percebeu como algumas brilham bastante e outras quase não conseguimos ver? Desta forma, podemos concluir que as estrelas possuem intensidade de brilhos diferentes, já que todas estão a distâncias diferentes em relação à Terra, além é claro, de outras particularidades, como diferentes diâmetros, massas, densidades, características espectrais e etc. Para esta intensidade de brilho de determinado objeto, quando percepcionada a partir da Terra, damos o nome de magnitude aparente. Observem que esta magnitude aparente não é associada apenas a estrelas, mas a qualquer objeto celeste natural e até artificiais, como satélites ou a estação espacial, por exemplo.

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Blog sobre astronomia com ênfase na astronomia observacional, fotografia/astrofotografia e processamento de imagens, além de debates sobre ciência, tecnologia e nossa existência no cosmos